terça-feira, 22 de novembro de 2011

A floresta sangra

O casal de extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo assassinado em maio deste ano no Pará.


Não podemos esquecer o sangue dos filhos e filhas da floresta que vêm sendo jorrado a muitos anos pelas balas assassinas a serviço dos madeireiros, pecuaristas , biopiratas e traficantes... Até quando o Estado Brasileiro irá continuar fechando os olhos para tudo isto?

O casal de extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo foram mortos porque defendiam a floresta

O casal de extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo foram mortos na última terça-feira (24) nos arredores de Marabá (PA). Os suspeitos do crime são madeireiros. A reserva de onde José e Maria, castanheiros, tiravam seu sustento, é praticamente a única floresta que resta na região onde os dois foram assassinados. Este video mostra como a Amazônia corre o risco de voltar a um tempo onde a impunidade, os crimes ambientais e o conflito agrário eram a lei.




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Acusados de matar casal extrativista negam ter cometido o crime

José Cláudio e Maria do Espírito Santo foram assassinados em maio. No domingo, a polícia do Pará prendeu os principais suspeitos.

Wilson Lima, iG Maranhão | 20/09/2011 15:06

Casal de extrativistas é assassinado no Pará

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Em depoimento à Polícia Civil do Pará, os irmãos José Rodrigues Moreira e Lindonjonhson Silva Rocha, suspeitos de terem executado o casal de extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo, negaram ter participado do crime. Apesar disso, a Polícia Civil afirmou que algumas informações prestadas por eles confirmam que eles foram os autores do crime.

Leia também: Polícia prende acusados de assassinar casal extrativista no Pará

Os depoimentos foram iniciados na tarde desta segunda-feira (19), seguiram pela noite e terminaram na manhã desta terça-feira (20). O delegado Sílvio Maués, diretor de Polícia do Interior do Pará, afirmou que não esperava deles uma confissão. “Mas os elementos que eles nos apresentaram confirmaram a nossa suspeita. Não existe mais dúvida”, declarou.

Ainda conforme Silvio Maués, a arma apreendida com os irmãos no domingo tem o mesmo calibre das balas utilizadas no dia do assassinato do casal de extrativistas, ocorrido em 24 de maio desse ano. Os irmãos também revelaram que tinham uma moto com as mesmas características da usada no dia do crime, segundo a polícia.

A Polícia do Pará agora concentra forças para encontrar o terceiro acusado de participação do crime, Alberto Lopes do Nascimento. Ele está foragido. Além de ter seu nome ligado à execução dos extrativistas, Nascimento já foi condenado por crime de furto qualificado. Na investigação da polícia, José Rodrigues foi o mandante do crime, Lindonjonson o autor dos tiros que mataram o casal e Nascimento, o homem que dirigia a moto usada no dia do crime.

“Encontrar o Alberto é mais difícil do que os irmãos, já que estes têm fortes laços familiares. Alberto não tem laços com outras pessoas nem amigos. Por isso, a busca é mais complexa. Mas temos certeza de que vamos encontrá-lo”, disse Maués.

Os três suspeitos de terem assassinado o casal de extrativistas tiveram sua prisão preventiva decretada pelo juiz Murilo Lemos Simão. José Rodrigues e Lindonjonson foram capturados na manhã de domingo, em um matagal na cidade de Novo Repartimento, a 511 quilômetros de Belém.

Polícia apresenta os irmãos José Rodrigues e Lindonjonhson Silva Rocha, acusados de matar o casal de extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O que está por trás do Vazamento de Petróleo na Bacia de Campos?

Mancha de óleo tinge mar do Rio



Vazamento no Campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ), terá impacto nos ecossistemas marinhos

18/11/2011 - 12:37

Terra da Gente, com info Globo Natureza/ G1/ JN

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Desde o último dia 10. Ou seja, há exatos oito longos dias, um vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ), põe em xeque a segurança da prospecção em águas profundas no Brasil. Apesar de o Ibama anunciar que vai autuar a companhia Chevron pelo estrago no litoral fluminense, uma coisa já se sabe: independente do tamanho da mancha de óleo, o impacto nos ecossistemas marinhos é certo.

Pelo menos é o que diz Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de energia do Greenpeace. “Ocorre em período de médio a longo prazo, que não vai ser verificado nesta semana ou na próxima. As consequências se prolongam”, afirma. Para ele, o Brasil deveria se ater a uma maior intensificação nas medidas de segurança antes de iniciar efetivamente a exploração de petróleo das camadas do pré-sal (em uma profundidade entre 5 e 7 mil metros). “Com o aumento (na extração), vamos observar conflitos com áreas de preservação”, avalia.

Para Alexandre Macedo Fernandes, doutor em oceanografia física pela Universidade do Estado da Flórida e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), felizmente, as chances de ocorrer uma maré negra na costa do Rio de Janeiro, atingindo praias da região de Macaé, por exemplo, são remotas.

Ele afirma que a distância do local da mancha da costa (cerca de 120 quilômetros, segundo a companhia) facilita uma dispersão do óleo para mar aberto, em direção ao Sudoeste. O estudioso diz ainda que polos de pesca não serão afetados. Apesar da afirmação, reconhece: “Ainda é cedo para dizer alguma coisa, pois as informações divulgadas vêm de pessoas que estão com interesse na história. É cedo para ter uma posição definida”, afirma.

A posição do Ibama

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) afirmou, em nota oficial (assinada pelo presidente do instituto, Curt Trennepohl), que equipes foram mobilizadas para acompanhar as medidas adotadas pela Chevron, que deverá cumprir o Plano de Emergência Individual (PEI) apresentado no processo de licenciamento ambiental.

O instituto informou ainda que a empresa será autuada apenas quando o vazamento de óleo for estancado. Segundo o Ibama, o valor da multa será proporcional ao dano ambiental causado.

Desde que o vazamento de petróleo foi detectado, no último dia 10, a petroleira anunciou a suspensão temporária das atividades de perfuração no Campo de Frade, que fica a 370 quilômetros a Nordeste da costa do Rio.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, chegou a dizer que o vazamento de óleo provocado pela empresa Chevron “não tem a gravidade que se anuncia”. Ele ainda minimizou o impacto do acidente alegando que o óleo não está seguindo na direção de nenhuma praia (como se assim, os estragos não impactassem a vida marinha naquela região). “O vazamento não se deu na direção da praia e sim em sentido contrário, portanto não perturba ninguém”, disse.

Aumento da mancha

O Comando de Operações Navais da Marinha já informava ontem que a mancha de óleo no Campo de Frade aumentava. Ela se espalhou e ficou menos densa. A informação também foi confirmada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), que estima para os próximos dias a conclusão do abandono definitivo do poço. Segundo a assessoria de imprensa da Marinha, a expansão teria ocorrido por efeito do vento e da maré, e teria sido detectada por sobrevoos e imagens de satélites.

As estimativas atuais da Chevron continuam situando o volume da mancha dentro da faixa aproximada de 64 a 104 metros cúbicos, ou 400-650 barris, sem informar se esta vazão ocorre a cada segundo, minuto ou hora. A área da mancha seria de pelo menos 163 km².

A Polícia Federal (PF) investiga se a petroleira perfurou além do que estava planejado na área de Frade. Com o apoio de um perito oceanógrafo, a PF investiga a possibilidade de erro na operação. “Ao que tudo indica e até onde nós sabemos, durante a perfuração de um dos poços houve um avanço além do que estava planejado. Esse avanço na perfuração provocou uma rachadura no fundo do mar”, afirmou o delegado Fábio Scliar, chefe da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da PF.

A Polícia Federal, que também registrou imagens da mancha de óleo provocada pelo vazamento, quer saber se a fenda por onde está vazando o óleo foi provocada pela abertura do poço. Nos próximos dias, o delegado que investiga o caso vai ouvir a equipe responsável pela perfuração.

As informações da Chevron são de que a mancha tem 8 quilômetros de extensão por 300 metros de largura. Sem contornos regulares, a estimativa da empresa é de que ela tenha 1,8 km2. Mas esses dados são conflitantes com as estimativas de ambientalistas que analisaram imagens de satélites. O óleo está escapando por uma fissura de cerca de 300 metros de extensão, a 1.200 metros de profundidade e a 130 metros do poço de perfuração. A ANP calcula que o vazamento tenha sido equivalente a mil barris, no total.

Para o presidente da ONG americana SkyTuth, John Amos, o vazamento é mais grave: 3.700 barris/ dia. A partir de uma imagem de satélite feita no último sábado, a ONG estima que naquele dia a mancha tivesse uma área de 2.379 km2, área equivalente a quase duas vezes o município do Rio de Janeiro.

A Chevron informou que a operação de cimentação para vedar o poço continua em andamento. Segundo a companhia, o volume de óleo na superfície do oceano causado pelo vazamento caiu para “abaixo de 65 barris”. A estimativa anterior da empresa era de 400 a 650 barris, uma redução de até dez vezes.

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) disse que o primeiro estágio de cimentação para abandono do poço na plataforma da Chevron foi concluído “com sucesso”. Mas imagens submarinas “aparentemente" indicam a existência de fluxo residual de vazamento no local.

Um novo sobrevoo na região com técnicos do Ibama e da ANP está previsto para hoje. Segundo a Marinha, após o sobrevôo da área será divulgada "uma nota oficial conjunta com informações e dados atualizados de todas estas instituições envolvidas no acompanhamento deste caso".

Fonte: http://eptv.globo.com/terradagente/NOT,0,0,379595,Mancha+oleo+tinge+mar+Rio+Bacia+Campos+Chevron.aspx

Principais Acidentes com Petróleo e Derivados no Brasil


• Mancha de óleo tinge mar do Rio por incompetência e irresponsabilidade de empresa estadunidense Chevron 10/11/2011

· 15 de março de 2001 - acidente na P-36

· Março de 1975 - Um cargueiro fretado pela Petrobrás derrama 6 mil toneladas de óleo na Baia de Guanabara.

· Outubro de 1983 - 3 milhões de litros de óleo vazam de um oleoduto da Petrobrás em Bertioga.

· Fevereiro de 1984 - 93 mortes e 2.500 desabrigados na explosão de um duto da Petrobrás na favela Vila Socó, Cubatão – SP.

· Agosto de 1984 - Gás vaza do poço submarino de Enchova (Petrobrás): 37 mortos e 19 feridos.

· Julho de 1992 - Vazamento de 10 mil litros de óleo em área de manacial do Rio Cubatão.

· Maio de 1994 - 2,7 milhões de litros de óleo poluem 18 praias do litoral norte paulista.

· 10 de março de 1997 - O rompimento de um duto da Petrobrás que liga a Refinaria de Duque de Caxias (RJ) ao terminal DSTE-Ilha D´Água provoca o vazamento de 2,8 milhões de óleo combustível em manguezais na Baía de Guanabara (RJ).

· 21 de julho de 1997 - Vazamento de FLO (produto usado para a limpeza ou selagem de equipamentos) no rio Cubatão (SP) - Petrobrás.

· 16 de agosto de 1997 - Vazamento de 2 mil litros de óleo combustível atinge cinco praias na Ilha do Governador (RJ) - Petrobrás.

· 13 de outubro de 1998 - Uma rachadura de cerca de um metro que liga a refinaria de São José dos Campos ao Terminal de Guararema, ambos em São Paulo, causa o vazamento de 1,5 milhões de litros de óleo combustível no rio Alambari. O duto estava há cinco anos sem manutenção. Petrobrás.

· 6 de agosto de 1999 - Vazamento de 3 mil litros de óleo no oleoduto da refinaria da Petrobrás que abastece a Manaus Energia (Reman) atinge o Igarapé do Cururu (AM) e Rio Negro. Danos ambientais ainda não recuperados.

· 24 de agosto de 1999 - Na Repar (Petrobrás ), na grande Curitiba houve um vazamento de 3 metros cúbicos de nafta de xisto, produto que possui benzeno. Durante três dias o odor praticamente impediu o trabalho na refinaria.

· 29 de agosto de 1999 - Menos de um mês depois, novo vazamento de óleo combustível na Reman, com a poluição de pelo menos mil metros. Pelo menos mil litros de óleo contaminaram o rio Negro (AM) - Petrobrás.

· Novembro de 1999 - Falha no campo de produção de petróleo em Carmópolis (SE) provoca o vazamento de óleo e água sanitária no rio Siriri (SE). A pesca no local ficou prejudicada após o acidente (Petrobrás).

· 18 de janeiro de 2000 - O rompimento de um duto da Petrobrás que liga a Refinaria Duque de Caxias ao terminal da Ilha d'Água provocou o vazamento de 1,3 milhão de óleo combustível na Baía de Guanabara. A mancha se espalhou por 40 quilômetros quadrados. Laudo da Coppe/UFRJ, divulgado em 30 de março, concluiu que o derrame de óleo foi causado por negligência da Petrobras, já que as especificações do projeto original do duto não foram cumpridas.

· 28 de janeiro de 2000 - Problemas em um duto da Petrobrás entre Cubatão e São Bernardo do Campo (SP), provocam o vazamento de 200 litros de óleo diluente. O vazamento foi contido na Serra do Mar antes que contaminasse os pontos de captação de água potável no rio Cubatão.

· 17 de fevereiro de 2000 - Transbordamento na refinaria de São José dos Campos (SP) - Petrobrás, provoca o vazamento de 500 litros de óleo no canal que separa a refinaria do rio Paraíba.

· 11 de março de 2000 - Cerca de 18 mil litros de óleo cru vazaram em Tramandaí, no litoral gaúcho, quando eram transferidos de um navio petroleiro para o Terminal Almirante Soares Dutra (Tedut), da Petrobras, na cidade. O acidente foi causado pelo rompimento de uma conexão de borracha do sistema de transferência de combustível e provocou mancha de cerca de três quilômetros na Praia de Jardim do Éden.

· 16 de março de 2000 - O navio Mafra, da Frota Nacional de Petróleo, derramou 7.250 litros de óleo no canal de São Sebastião, litoral Norte de São Paulo. O produto transbordou do tanque de reserva de resíduos oleosos, situado no lado esquerdo da popa. A Cetesb multou a Petrobras em R$ 92,7 mil.

· 26 de junho de 2000 - Nova mancha de óleo de um quilômetro de extensão apareceu próximo à Ilha d'Água, na Baía de Guanabara. Desta vez, 380 litros do combustível foram lançados ao mar pelo navio Cantagalo, que presta serviços à Petrobras. O despejo ocorreu numa manobra para deslastreamento da embarcação.

· 16 de julho de 2000 - Quatro milhões de litros de óleo foram despejados nos rios Barigüi e Iguaçu, no Paraná, por causa de uma ruptura da junta de expansão de uma tubulação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar - Petrobrás). O acidente levou duas horas para ser detectado, tornando-se o maior desastre ambiental provocado pela Petrobras em 25 anos.

· Julho de 2000 - Fernandez Pinheiro - na região de Ponta Grossa : Um trêm da Companhia América Latina Logística - ALL, que carregava 60 mil litros de óleo diesel descarrilhou. Parte do combustivel queimou e o resto vazou em um córrego próximo ao local do acidente.

· Julho de 2000 - Fernandez Pinheiro - na região de Ponta Grossa (uma semana depois): Um trêm da Companhia América Latina Logística - ALL, que carregava 20 mil litros de óleo diesel e gasolina descarrilhou. Parte do combustível queimou e o resto vazou em área de preservação permanente. O Ibama multou a empresa em 1,5 milhão.

· 23 de setembro de 2000 - Morretes: Um trêm da Companhia América Latina Logística - ALL, com trinta vagões carregando açúcar e farelo de soja descarrilhou, deixando vazar quatro mil litros de combustível no córrego Caninana.

· Novembro de 2000 - 86 mil litros de óleo vazaram de um cargueiro da Petrobrás poluindo praias de São Sebastião e de Ilhabela – SP.

· Janeiro de 2001 - Um acidente com o Navio Jéssica causou o vazamento de mais de 150 mil barris de combustível no Arquipélago de Galápagos.

· 16 de fevereiro de 2001 - Rompe mais um duto da Petrobrás, vazando 4.000 mil litros de óleo diesel no Córrego Caninana, afluente do Rio Nhundiaquara, um dos principais rios da região. Este vazamento trouxe grandes danos para os manguezais da região, além de contaminar toda a flora e fauna. O Ibama proibiu a pesca até o mês de março.

· 14 de abril de 2001 - Acidente com um caminhão da Petrobrás na BR-277 entre Curitiba - Paranaguá, ocasionou um vazamento de quase 30 mil litros de óleo nos Rios do Padre e Pintos.

· 15 de abril de 2001 - Vazamento de óleo do tipo MS 30, uma emulsão asfáltica, atingiu o Rio Passaúna, no município de Araucária, Região Metropolitana de Curitiba.

· 20 de maio de 2001 - Um trem da Ferrovia Novoeste descarrilou despejando 35 mil litros de óleo diesel em uma Área de Preservação Ambiental de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

· 30 de maio de 2001 - O rompimento de um duto da Petrobrás em Barueri em São Paulo, ocasionou o vazamento de 200 mil litros de óleo que se espalharam por três residências de luxo do Condomínio Tamboré 1 e atingiram as águas do Rio Tietê e do Córrego Cachoeirinha.

· 15 de junho de 2001 - A Construtora Galvão foi multada em R$ 98.000.00 pelo vazamento de GLP (Gás liquefeito de petróleo) de um duto da Petrobrás, no km 20 da Rodovia Castelo Branco, uma das principais estradas do Estado de São Paulo. O acidente foi ocasionado durante as obras da empresa que é contratada pelo governo do Estado, e teve multa aplicada pela Cetesb - Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental.

· 08 de agosto de 2001 - O barco pesqueiro Windy Bay chocou-se em uma barreira de pedras e derramou 132.500 litros de óleo diesel. O acidente ocorreu na Baía de Prince Willian Sound no Sul do Alasca - EUA, no mesmo local da grande catástrofe ambiental ocasionado pelo Navio Exxon Valdez.

· 11 de agosto de 2001 - Um vazamento de óleo atingiu 30 km nas praias do litoral norte baiano entre as localidades de Buraquinho e o balneário da Costa do Sauípe. A origem do óleo é árabe.

· 15 de agosto de 2001 - Vazamento causado por navios que despejam ilegalmete seus depósitos de óleo atingiu mais de 200 pingüins, perto da costa da Argentina.

· 15 de agosto de 2001 - Vazamento de 715 litros de petróleo do navio Princess Marino na Baía de Ilha de Grande, Angra dos Reis - Rio de Janeiro.

· 20 de setembro de 2001 - Vazamento de gás natural da Estação Pitanga da Petrobras a 46 km de Salvador-Bahia atingiu uma áre de 150 metros em um manguezal .

· 05 de outubro de 2001 - O navio que descarregava petróleo na monobóia da empresa, a 8 km da costa, acabou deixando vazar 150 litros de óleo em São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa Catarina.

· 18 de outubro de 2001 - O navio petroleiro Norma que carregava nafta, da frota da Transpetro - subsidiário da Petrobras, chocou-se em uma pedra na baía de Paranaguá, litoral paranaense, vazando 392 mil litros do produto atingindo uma área de 3 mil metros quadrados. O acidente culminou na morte de um mergulhador, Nereu Gouveia, de 57 anos, que efetuou um mergulho para avaliar as condições do casco perfurado.

· 23 de fevereiro de 2002 - Cerca de 50 mil litros de óleo combustível vazaram do transatlântico inglês Caronia, atracado no Pier da Praça Mauá, na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro. O óleo foi rapidamente contido.

· 13 de maio de 2002 - O navio Brotas da Transpetro, subsidiária de transportes da Petrobras, derramou cerca de 16 mil litros de petròleo leve (do tipo nigeriano), na baía de Ilha Grande, na região de Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro. O vazamento foi provocado provavelmente por corrosão no casco do navio, que estava ancorado armazenando um tipo de petróleo leve, de fácil evaporação.

· 12 de junho de 2002 - Cerca de 450 toneladas de petróleo vazaram nesta quarta-feira na costa de Cingapura em decorrência do choque entre um cargueiro tailandês e um petroleiro cingapuriano. De acordo com a Autoridade Marítima e Portuária (MPA) de Cingapura, o vazamento ocorreu quando um dos tanques do 'Neptank VII´ se rompeu durante a colisão. O acidente não deixou feridos.

· 14 de junho de 2002 - Vazamento de óleo diesel num tanque operado pela Shell no bairro Rancho Grande de Itu, no interior paulista, cerca de oito mil litros de óleo vazaram do tanque, contaminando o lençol freático, que acabou atingindo um manancial da cidade.

· 25 de junho de 2002 - Um tanque de óleo se rompeu no pátio da empresa Ingrax, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR), deixando vazar 15 mil litros da substância. O óleo que vazou é o extrato neutro pesado, um derivado do petróleo altamente tóxico, que atingiu o Rio Atuba, próximo ao local, através da tubulação de esgoto.

· 10 de agosto de 2002 - Três mil litros de petróleo vazaram de um navio de bandeira grega em São Sebastião, no litoral norte paulista, no início da tarde de sábado. Um problema no equipamento de carregamento de óleo teria causado o despejo do produto.

· 19 de novembro de 2002 - O navio Prestige de bandeira das Bahamas, partiu-se ao meio provocando uma das maiores catástrofes ecológicas já vistas. O navio carregava 77 mil toneladas de óleo, e foi avariado a 250 km da costa espanhola - Galícia, com um rombo de 10 metros no caso, abaixo da linha de flutuação. Estima-se que cerca de 10 mil toneladas de óleo vazaram e mais de 295km da costa e 90 praias foram contaminadas.