sábado, 24 de abril de 2010

Cerrado Brasileiro


Um quarto do território brasileiro forma a região do cerrado, mais de 2 milões de Km², era originalmente ocupado pelo cerrado. Na década de 1990, porém, 470 mil Km² já haviam sido substituídos por pastagens plantadas ou culturas de grãos. Era a segunda maior formação vegetal do Brasil, abrangia dez Estados Brasileiros. Atualmente resta apenas 20% do que foi o cerrado. Mas perspectivas não são nada animadoras, estimam que o desmatamento irá aumentar em 14% até o ano de 2020, o que irá reduzir a área preservada para cerca de 6% do território original. O dados são de estudos da Universidade federal de Goiás(UFG) que mostra uma estimativa que a área preservada será de 1 milhão de Km², reduzindo assim a quase nada os biomas do cerrado, se continuar o ritmo atual do avaço da agricultura extensiva da soja.

Este avanço irracional do capitalismo rural que empurrando a fronteira agrícola para os Estados do Norte e Nordeste que compõem o cerrado terá consquências socioeconômica e ambientais seríssimas. Já se sente os prjuízos nos recurso hídricos em estados como mato Grosso e Goiás, mas isto não é nada comparando com os prejuízos futuros sobre os recursos hídricos , o solo, os leçois freáticos, rios, nascentes, biomas e a biodiversidade de dez Estados brasileiros e do Distrito federal.

Se faz necessário defender o cerrado brasileiro, o lucro de hoje não compensa o prejuízo de amanhã. O nosso cerrando é o segundo maior bioma brasileiros, perdendo apenas para a Amazônia. Não se pode deixar morrer umas das savanas mais ricas do planeta, isso se dar devido o contato biologico com biomas vizinhos. No cerrado estão as naccentes de importantes rios da Amazônia, do Prata e do São Francisco.

Formação vegetal característica do Centro-Oeste brasileiro, o cerrado é constituído de árvores relativamente baixas e tortuosas, disseminadas em meio a arbustos, subarbustos e gramíneas. A estrutura do cerrado compreende basicamente dois estratos: o superior, formado pelas árvores e arbustos; e o inferior, composto por um tapete de gramíneas. As árvores típicas do cerrado atingem em média dez metros de altura, apresentam casca grossa, protegida às vezes por uma camada de cortiça, troncos, galhos e copas irregulares; algumas possuem folhas coriáceas, em certos casos tão duras que chegam a chocalhar com o vento; em outras, as folhas atingem dimensões enormes e caem ao fim da estação seca.

O cerrado predomina nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. As mais extensas áreas desse tipo de vegetação aparecem em locais de clima quente e úmido, com chuvas de verão e estação seca bem marcadas. Ocorrem subtipos de vegetação, como o cerradão, o cerradinho e os campos sujos. Entre as árvores características dos cerrados destacam-se a lixeira (Curatella americana), o pau-terra de folhas grandes ou miúdas (Qualea grandiflora e Qualea parviflora), o pequi (Caryocar brasiliensis), o pau-santo (Kielmeyera coriacea), o ipê (Tabebuia caraiba) e a peroba-do-campo (Aspidosperma tomentosum). Entre as gramíneas, as mais comuns são o capim-flecha (Tristachya chrysotryx), o barba-de-bode (Aristida pallens) e diversas espécies do gênero Androgopon.

O solo típico do planalto central, onde se encontra a maior parte do cerrado, é constituído de areias e argilas, soltas ou consolidadas em arenitos e filitos, e de calcários e pedregulhos, resultantes do levantamento dos sedimentos do oceano primitivo. Os elementos que formam o estrato superior são providos de raízes profundas, que lhes permite atingir o lençol freático, situado de 15 a 20m de profundidade. Essa circunstância lhes confere melhores condições de sobrevivência ao longo do período de estiagem. As gramíneas do estrato inferior, devido a suas raízes curtas, ressentem-se mais da estiagem, quando entram em estado de latência, ou morte aparente. O tapete rasteiro apresenta então aspecto de palha seca, que favorece a propagação de incêndios, desencadeados pelas queimadas. Mas logo após as primeiras chuvas tudo reverdece e viceja.

Quando devidamente preparado, o solo do cerrado é fértil, como comprovam as grandes plantações de soja, milho, sorgo e outras culturas. No entanto, no Centro-Oeste, imensas áreas foram submetidas a queimadas, para a formação de pastagens, o que provocou o empobrecimento do solo, pela queima de materiais orgânicos, e colocou em risco de extinção certas espécies vegetais e animais, como o tamanduá-bandeira e o lobo guará. Outra ameaça à riqueza desse ecossistema é o plantio indiscriminado de florestas homogêneas de pinheiros e eucaliptos. Mais de 150.000 espécies animais vivem no cerrado, entre elas a ema e o veado-campeior.

Cícero.



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